quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Frai'n Hell Rock Festival: Reacendendo a Chama dos Festivais Lageanos (Parte II)

Depois de um sábado bem agitado, com bandas de várias vertentes do Metal, com pirofagias, moshs, rodas punks e destruição, o Frain’ Hell Rock Festival despertou o seu púbico com a beleza exuberante da paisagem do Refúgio do Lago.



A primeira banda a se apresentar no domingo foi uma surpresa, já que a Jhonny Bus (grupo que estava no cast) cancelou a participação depois de um problema grave na coluna de um dos guitarristas, impossibilitando o mesmo de tocar. Então diretamente de Lages, a Curto Circuito trouxe o Hard Rock/Rock n Roll através de clássicos e da música “Cerveja Ou Gasolina”.

Também lageana, a Blood Eyes expôs o Metal autoral em português. Essa peculiaridade propiciou aos músicos grandes elogios vindos do público que começava a se movimentar ao entorno do palco. As canções próprias “Minha História”, “Olhos de Sangue” e “Seres da Mente” foram algumas das nove reproduzidas pelo grupo.

O Xakol propôs o Power Metal aos headbangers. Músicas como “Restless Hunter”, “Dawn Of Insanity” e “Rise Of A New Sun, Part 2: Sunrise” não deixaram de faltar no repertório dos florianopolitanos.

Com 24 anos de estrada, diversos álbuns, demos e splits lançadas, a Khrophus era um dos headliners do evento. O grupo era um dos três provenientes da primeira edição em Fraiburgo. Com a formação sólida e entrosada na entrada de Hugo Deigman nos vocais, a banda de Death Metal colocou o Refúgio do Lago abaixo com a ferocidade e técnica nos riifs céleres de Adriano Ribeiro. As músicas expostas foram “Smoke Screen”, “Master Of Shadows”, “Dead Face”, “Lost Iniciations”, “Testimony Of Illusions”, “Statues”, “Interposition”, entre outras.  

O Orquídea Negra fez um show grandioso, sendo uma das bandas mais reconhecidas do estado, trouxe à tona clássicos como “Surrender” e “Miss You” o que deixou o público extasiado.

Representando o cenário Crossover/Grindcore no evento, a AbomiNação de Lages praticamente acelerou os ânimos dos Metalheads. Munidos pelo som rápido e veloz intercalado com discursos revoltosos e de descontentamento sociopolítico exibiram a fúria musical. As canções “Tradicional Família Brasileira”, “Heróis Sem Capa”, “Deus Diligit Hominem” e “País de Tolos” (donde o vocalista Mateus Biazoto discursou contra o separatismo e a influência conservadora que isso tem na sociedade) estavam presentes no setlist.

A última de Black Metal a se apresentar foi a Somberland de Criciúma. Desde a entrada dos músicos ao palco foi notória a qualidade e técnica instrumentais presentes. O grupo que recém havia chegado de um show em Joinville incendiou o Refúgio do Lago. Com um som herege, blasfemo e antirreligioso, foram reproduzidas músicas do Ep “Dark Silence Of Death” como “Forever Dark Wood”, a homônima “Dark Silence Of Death” e “Into The Front” e também as novas canções, “Here As No Place For God”, “Fallen Angel”, “Pest’ oLogy”, “Sadistic Instinct Arise”, “Their Suffering, My Pleasure”, “When The Future No Matter” e “Wrath Of The Tyrant”.

Mesclada a Orleans e Criciúma, a They Come Crawling surpreendeu o Frai’n Hell Rock Festival com seu respectivo Death/Thrash Metal. Os músicos mantiveram a velocidade e rispidez constantes nas músicas tocadas, “Rapture”, “CBE”, “Live Fast, Die Faster”, “If It Kills You”, “David Lynch Sucks”, “Ignorance”, “Shape Of Things To Come” e “Guilty Conscience”.


A The Four Horsemen ficou responsável pelo encerramento do festival. O grupo paulistano tocou músicas bem conhecidas do Metallica e o público em meio ao cansaço ainda fez moshs e rodas personificando o sucesso do festival. 

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