Há um ano, alguns amigos se
reuniram para firmar uma parceria e criar uma nova banda. E das cinzas da
renomada Monster Of Truck surgiu a Raging War, um grupo com metade dos
integrantes da capital catarinense e outros dois da cidade de Brusque- SC.
Os músicos através de seus
conhecimentos acerca sobre Thrash Metal mesclaram influências às suas canções,
referências consagradas como Slayer, Destruction, Dark Angel, The Mist, Testament,
Anthrax, Death Angel e Forbidden são algumas responsáveis pelo som
característico dos mesmos.
No mesmo ano de surgimento
divulgaram o Live Ep contendo quatro músicas, sendo estas “Enforced System”, “Third
World”, “Corroding Chemistry” e “Black Forest”. O material foi produzido de
maneira independente e trouxe consigo o âmago peculiar até então conhecido pelo
público, a celeridade.
No entanto, em junho de 2018
movidos pela vontade de difundir um trabalho mais conciso e completo, fora
anunciada a divulgação do disco homônimo “Raging War” contendo dez faixas, com
versão limitada, produzido e mixado de maneira independente e tendo arte feita
por Márcio Aranha e fotos por Vanessa Boettcher.
Logo na primeira faixa, a
introdutória “Prelude To War” já mesclou o estrondo e uma sinfonia ao término
da mesma fazendo a conexão com “Strength For Better Days”. Essa, por
conseguinte traz um instrumental mais cadenciado personificado através da
sincronia entre guitarra e bateria em grande parte da música, além do solo
descomunal no final. A composição ressalta traços da urbanização desenfreada
como consequência da violência, pobreza, individualismo e pressa.
A terceira canção “Third World”
é o reflexo do subdesenvolvimento. Um país emergente que não respeita a
liberdade, não preserva a fauna e flora e vive a dependência dos exploradores
mundiais. A sonoridade caminha por riffs agressivos e rápidos.
“Enforced System” ingressa de
forma mais harmônica e depois de um gutural grave alterna a um instrumental
encorpado e cru com vocais explícitos rasgados nos refrães. A música fala sobre
a ganância e ambição pelo dinheiro, o resultado dessas escolhas.
A quinta canção gradativamente
se torna o carro-chefe dos músicos. “The Meaning” possui um videoclipe com quase
3.000 visualizações no YouTube. É a mais técnica do material, possui sonoridade
ímpar e sólida com um solo ágil e pela intensidade do refrão faz com que quem a
ouça, acabe por cantar os trechos “What’s The Meaning of Real Love?, What’s The
Meaning Of Real Hate...”. A letra ressalta a forma como as pessoas propagam o
ódio às outras e qual o real significado disso. Será que uma escultura de barro
é mais importante que a vida humana?
A potencialidade e brutalidade
de riffs são facilmente encontradas na faixa “Hell On Earth”. A mesma é uma
metáfora aos dias atuais e retrata toda a intolerância, intransigência e
opressão gerenciadas por uma geração massiva que não consegue ter o viés
crítico e indagativo.
Com um solo desolador e um
instrumental célere, “Black Forest” é uma das mais preciosas do full length. A
faixa expõe traços da floresta negras que carrega consigo animais que vivem à
beira dos seus nevoeiros e que se moldam as leis e formas da natureza.
Quando um petardo sonoro toma
conta dos seus ouvidos, você não consegue negar ou deixar de ouvir. “Corroding
Chemistry” tem esse poder, pois a cada baquetada de Roberto Barth e solos de
Wellington Oliveira faz com que o caos tome conta do instrumental. Já a
composição, exibe perspectivas e pré-julgamentos através de uma vida de
sorrisos falsos. Ou seja, ela mostra as atitudes de algumas pessoas tóxicas com
que temos que conviver rotineiramente.
“Entrails Of A Corrupted Mind”
é mais um destaque no disco, ela é marcada pelos backing vocals de Ricardo Lima
e pelos vocais firmes e sólidos de Rudi Vetter. Ela entra num solo longo e
totalmente agressivos e perambula por riffs rápidos e intensos. A letra cria
uma conexão entre o capitalismo e suas mazelas com o egoísmo e com a concupiscência
do ser humano.
Encerrando o álbum, “Bastard
Dogs” finaliza-o de maneira com que fica o “gostinho de quero-mais”. A técnica
e a sincronia são vívidas na canção, o refrão é forte e expressivo e a
sonoridade busca o resultado final que seria, peso somado a melodia potencial.
Ela diretamente retrata sobre religião e poder, e o efeito que os mesmos
produzem. O terror, a insanidade e o desespero causado pela dogmática
religiosa.
Formação Atual:
Rudi Vetter (Vocal)
Ricardo Lima (Baixo e Backing
Vocal)
Roberto Barth (Bateria)
Wellington Oliveira (Guitarra)
Plataformas Virtuais:
BandCamp: https://ragingwar.bandcamp.com/
Facebook: https://www.facebook.com/ragingwar/
Instagram: https://www.instagram.com/ragingwarofficial/
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCz0LnWkQ7MXp33c3y0YIg0A/featured
Muito obrigado pela excelente resenha e apoio!
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